sábado, 10 de dezembro de 2011
Djellabah - traje islâmico do norte da Africa
Quando se pensa no Marrocos vêm imediatamente à lembrança um certo ar de aventura e magia.
À medida que vai se conhecendo o país, entra-se em contato com uma das nações árabes mais modernizadas, que ao mesmo tempo conserva fortes tradições históricas e religiosas.
As primeiras referências exóticas são as roupas dos habitantes locais.
O traje tradicional marroquino inclui longas túnicas, chamadas djellabas para os homens e khaftans para as mulheres, feitas de algodão, seda ou lã, com cores alegres.
O uso da Djellabah não está restrita ao Marrocos e nem às sociedades islâmicas.
Foi adotado por grande parte do continente africano.
Seu nome varia muito dependendo da região, assim como a forma de escreve-lo.
Jellaba, dishdasha, dishdashah,djellaba, gallabiyah, gallibiya, jellabah, jubbah, jubbeh.
Trata-se de um camisolão com um capuz normalmente feito de algodão e usado tradicionalmente pelos homens.
Esse traje bastante antigo está relacionado com o Khaftan turco.
Proporciona conforto e versatilidade e os tecidos variam conforme o clima de cada região.
O capuz além de proteger do sol também protege dos ventos.
Além do uso cotidiano é empregado de varias maneiras em ocasiões festivas e religiosas.
As mulheres também vestem, porém com formatos ajustados ao corpo.
O capuz ajuda a esconder seus rostos para estar de acordo com os criterios de pudor islâmicos.
Elas complementam o traje com o veu.
Tanto homens quanto mulheres usam as babuxas , chinelos pontudos de couro colorido nos pés.
Para os homens, de uma cor só.
As mulheres utilizam detalhes mais chamativos.
Os homens também usam o fez, um tipo de gorro geralmente vermelho
Khaftan - Traje oriental usado na Africa
Khaftan, Caftan ou Caftã palavra de origem turca que corresponde a uma túnica oriental comprida , com amplas mangas, podendo ser usada por homens ou mulheres.
O Khaftan (cáftan na nossa ortografia) nome Persa, é um manto de seda veludo ou cetim , pesado às vezes forrado de pele e usado com um Sash (faixa de pano do mesmo padrão).
Abotoado na frente, prolongado até aos joelhos ou tornozelos, de longas mangas ate os cotovelos.
Aberto na frente e com fendas nas laterais.
Foi a vestimenta dos sultões otomanos cuja herança nos legou uma belissima coleção de trajes, exposta no museu Topkapi em Istambul.
Alguns deles eram tão preciosos que eram presenteados para dignatários e generais vitoriosos durante os festivais religiosos Khalat.
São frequentemente bordados na frente e nas mangas, havendo uma forte hierarquia de cores, padrões, fitas e botões, escolhidos conforme o prestigio da pessoa a quem eram presenteados.
Os desenhos grandes e cores apagadas usados durante o século 14 foram substituidos por menores e mais vivos no século seguinte.
Pelo século 17 os tecidos Selimiye com listados verticais chamados de Yollu, e com bordados de desenhos delicados.
A maior parte dessas roupas era manufaturada em Istambul e Bursa, mas alguns vinham de lugares distantes comp Veneza, Genova, Persia, India e China.
Cada qual com suas características particulares e com nomes correspondentes.
Havia veludo, aba, bürümcük, canfes, gatma, gezi, diba (Persian), hatayi, kutnu, kemha, seraser (Persian), serenk, zerbaft (Persian), tafta (Persian) e muitos outros.
As cores mais frequentes eram o Azul da China, O vermelho da Turquia, o violeta. "pysmis ayva" ou marmelo cozido e amarelo açafrão.
Veja aqui uma mostra da arte Otomana
Museus de Istambul
Na Africa Negra usa-se o Dashiki-Khaftan, uma túnica de algodão leve com bordados.
Os modelos são bem diferentes daqueles usados pelos turcos.
Funciona como um camisolão ou poncho, que se coloca sobre o vestido.
Devido ao clima quente essa vestimenta costuma ser feita com tecidos de cores claras a fim de refletir melhor os raios solares e bastante larga para permitir que o ar circule por baixo da roupa com mais facilidade.
No Marrocos o Dashiki- Khaftan é usado apenas por mulheres.
Dashiki - Traje Africano
Dashiki é uma tunica bastante colorida e amplamente usada na Africa Negra,
Tanto nas ocasiões formais quanto informais.
A versão informal é a estampada ou bordada.
A formal , popular entre cristãos , muçulmanos, e seguidores das religiões tradicionais, é um conjunto de tres peças feitas do mesmo tecido:
A tunica, o chapéu ( Kufi), e as calças de amarrar ( sokoto, pronuncia-se: xôkotô)
É frequentemente usada pelos noivos em casamentos e designada como terno dashiki.
Ha um outro tipo, bastante popular entre os nigerianos e muçulmanos, que consiste num conjunto de tunica e calças feitas do mesmo tecido.
Sobre essas usa-se o Grand Boubou, um largo robe que encobre as duas peças.
O Dashiki é chamado de Agbada nos paises Africanos de fala inglesa.
Ha diversos estilos de Dashiki.
O tipo de tunica determina o nome da peça.
O tradicional é aquele cujo comprimento da tunica vai até a coxa.
O de mangas curtas é o preferido entre os puristas.
O Dashiki longo pode ir ate dos joelhos ate os pés.
Entretanto se as mangas forem compridas até os cotovelos, o nome muda para Caftan Senegales.
O dashiki de renda branco é usado em casamentos pelos noivos.
Côr que representa pureza e salvação entre os cristãos e ummah , a igualdade e pureza entre os muçulmanos.
A cor pupura, é usada pela realeza Africana.
E o lilás introduzido pelos imigrantes nigerianos tornou-se moda.
A vestimenta tradicional feminina é o katan/caftan.
O traje da noiva é o caftan ou blusa (buba) com a saia envelope nas mesmas cores da roupa do noivo.
É uma tunica com gola em V bem larga ornamentada nnas mangas e no peito.
O continente africano possui uma grande variedade de línguas, costumes e religiões.
Trajes pinturas corporais, tecidos e adornos.
São marcas da identidade de cada grupo.
Os povos do continente africano costumam usar trajes, pinturas corporais, tecidos e adornos, conforme as identidades de seus devidos grupos.
Geralmente as pinturas são usadas em cerimônias, para enfeitar o corpo ou para exibir o estilo de sua tribo, todas as pinturas tem um significado diferente.
A vestimenta africana tradicional é o traje usado pelos povos nativos do continente, por vezes substituida por roupas ocidentais introduzidas pelos colonizadores europeus.
Ao nordeste da África, particularmente no Egito, a vestimenta foi influenciada pela cultura do Oriente Médio, como a Gellabiya presente nos paises do Golfo.
Contrariamente a noroeste onde a influencia externa foi menor, as roupas preservam as suas caracteristicas próprias.
A Jellaba ou Gellabiya, tem caracteristicas semelhantes ao BouBou (pronuncia: bubu) e o Dashiki, embora menos estilizado do que esse.
No Sahel esses trajes são bastante usados, porém não são os unicos.
No Mali, por exemplo, usa-se o Bògòlanfini.
O Dashiki é bastante ornamentado e guarnecido por uma gola em V.
O Boubou é mais simples, mais ainda que o Jellaba, apesar das cores e padrões alcançarem grande beleza, especialmente entre os Tuaregues, conhecidos pela tintura com índigo.
A influencia ocidental chega através de roupas usadas revendidas no mercado africano.
Essas "roupas de branco usadas" conhecidas por mitumba, são bastante comuns em algumas partes do continente.
Ha muita polemica entorno delas.
Os criticos consideram uma ameaça às manufaturas locais e queixamse da exploração dos consumidores.
Outros argumentam que essas roupas competem por preço baixando a qualidade dos produtos locais.
O fato é que estão disponiveis nas feiras e mercados, mesmo nos paises que tentaram bani-las, o que aponta para o apetite por esse genero mitumba.
Porém prevalece o uso de roupa larga e clara, para adaptar-se ao clima quente, em qualquer tipo de roupa.
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Indumentaria Contemporânea
A vestimenta das mulheres africanas, baseia-se, em grande parte, em panos ou cangas que enrolam no corpo como vestidos, cangas, capulanas, etc.
São belos tecidos cuja padronagem e acabamento é reconhecida mundialmente.
Os africanos, mais do que ninguém, falam através de seus panos.
âEu ando mais rápido do que minha rivalâ, âmeu marido é capazâ e âseu pé, meu péâ são algumas das expressões ditas por meio das famosas estampas figurativas impressas nos tecidos feitos naquele continente, principalmente em locais como Gana, Benin, Togo e Costa do Marfim (todos com a mesma matriz lingüística e cultural, a Akan).
As africanas vêem uma roupa Gucci ou Dior, copiam o modelo e dizem para o costureiro: quero um igual a este. Com uma vantagem: elas adaptam a roupa ao próprio gosto.
O que importa não é se é Gucci ou Dior, e sim se o tecido é bom, se a roupa é bem-feita.
Pois é: na África, o hábito de comprar um tecido e levá-lo para os profissionais que o cortam e costuram ao seu modo ainda é preservado, assim como foi comum em um Brasil não muito distante. âTodos encomendam roupas, dos mais ricos aos mais pobresâ, diz a pesquisadora, informando que, entre os últimos, também é bastante comum a compra de roupas de segunda mão.
A prática de mandar fazer vestidos, saias e blusas é tão comum que, nas feiras-livres, vêem-se homens e mulheres com máquinas de costura sentados no chão à espera de clientes que chegam com croqui na mãos.
Eles também têm catálogos com desenhos que são propostos pelas africanas, estas, como em outros países, bem mais propensas à moda do vestir do que eles.
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